A ESTRANHA ILUSÃO DA BELEZA COMO VIRTUDE -
A beleza, frequentemente exaltada em canções e obras de arte, é muitas vezes considerada uma virtude, uma qualidade que transcende o físico e toca a essência do ser.
No entanto, como argumenta Tolstoy, essa visão é uma estranha ilusão. Acreditar que a beleza, em suas diversas formas, confere um valor intrínseco ao ser humano é desconsiderar a complexidade da verdadeira virtude, que reside nas ações, na moralidade e na capacidade de amar.
A sociedade contemporânea, obcecada pela estética, perpetua a ideia de que a beleza é sinônimo de bondade e valor. No entanto, essa crença é ilusória.
A beleza é efêmera, sujeita a padrões e modismos, enquanto a virtude é uma construção interna, que se revela nas escolhas e nas relações que cultivamos. Uma pessoa pode ser considerada bela pelos padrões do mundo, mas suas ações podem refletir egoísmo e crueldade.
Tolstoy nos convida a refletir sobre o que realmente importa na vida. A verdadeira beleza está nas pequenas atitudes de bondade, no respeito ao próximo e na busca pela verdade. Essas qualidades, muitas vezes invisíveis aos olhos, são as que realmente moldam o caráter e a essência de um indivíduo.
Ao valorizar a beleza exterior em detrimento da virtude interior, corremos o risco de nos perder em uma superficialidade que impede conexões genuínas e a construção de um mundo mais justo e solidário.
Portanto, devemos questionar a narrativa que nos foi imposta: a beleza é, de fato, uma virtude? Ou seria mais sábio reconhecer que a verdadeira virtude se encontra na profundidade do ser, nas ações que cultivamos e nas relações que estabelecemos? A resposta a essa pergunta pode nos levar a uma compreensão mais rica e verdadeira da natureza humana, além da mera aparência.
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